domingo, 5 de julho de 2009


39º06´01.69”N 9º15´56.61W elev 326ft
Forte de S. Vicente situa-se no cimo de um dos mais altos montes que cercam o vale onde está implantada a cidade de Torres Vedras.









É formado por um interessante conjunto de fossos, trincheiras, traveses e posições de fogo, que se mantém com a disposição do tempo da terceira invasão francesa





A sua construção iniciou-se em 1809 e fazia parte do que viriam a chamar-se " Linhas de Torres Vedras






Quando foram ocupadas, em 1810, tinham apenas 108 fortes, pois não estavam concluídas as obras, o que só veio a acontecer em 1812.







O Forte de S. Vicente era um dos pontos mais fortificados das "Linhas de Torres Vedras", continha 39 bocas de fogo e capacidade para 2.000 homens, e juntamente com o Castelo, que continha 11 bocas de fogo, constituíam os dois redutos da vila, aos quais se juntava uma bateria fechada, próxima do Varatojo








Seguiam as linhas depois pela margem esquerda do Sizandro ate ao mar. Este rio foi tornado na altura praticamente intransponível, pois a agravar o seu curso já de si pantanoso. foram construídas comportas destinadas a reter a água









O Forte de São Vicente fez parte das Linhas de Torres, o anel de defesa de Lisboa face às invasões francesas.










No início do século XIX, Napoleão entrou em conflito com a Inglaterra e invadiu diversos países europeus, tentando impor um bloqueio continental, com o qual pretendia isolar e paralisar o inimigo. Portugal, que sempre foi aliado de Inglaterra, desafiou o bloqueio. Em consequência, as tropas francesas invadiram Portugal e a família real partiu para o Brasil, sob orientação do inglês Wellington, que ficou provisoriamente a governar o país.











Após a retirada dos franceses, os ingleses, temendo que os gauleses voltassem com a palavra atrás (o que eles fizeram duas vezes...), mandaram edificar um eficiente sistema de fortificações de campo: as Linhas de Torres. Tratava-se de uma tripla linha de 152 redutos de alvenaria, que reforçavam os obstáculos naturais dos terrenos, formando uma barreira delimitada pelo rio Tejo e pelo oceano Atlântico: a primeira linha tinha 46 quilómetros de extensão e ligava Alhandra à foz do rio Sizandro; a segunda, com 39 km, ia da Póvoa de Santa Iria a Ribamar; a terceira, com apenas três quilómetros, unia Paço de Arcos à Torre da Junqueira.












O principal objectivo deste conjunto arquitectónico militar era a defesa de Lisboa. Pretendia-se criar, sob a proposta de Wellington (que previa uma nova invasão do exercito francês), um sistema de fortificações que reforçasse os obstáculos naturais e ao mesmo tempo permitisse a comunicação com o mar, salvaguardando assim uma possível retirada dos ingleses, em caso de derrota














A construção das "Linhas de Torres" iniciou-se em Novembro de 1809 com os fortes de S. Julião da Barra, Sobral e Torres Vedras, a que se seguiram as fortificações de Mafra, Montachique, Bucelas e Vialonga





É na segunda linha que se integrava o Forte de São Vicente num dos montes mais altos do vale onde se situa a cidade.